EIT apresenta programas de apoio à criação de projetos inovadores

O GAITEC (Gabinete de Apoio à Inovação, Transferência, Empreendedorismo e Cooperação) promoveu, em parceria com o EIT (Instituto Europeu da Inovação e da Tecnologia), no dia 10 de fevereiro, duas sessões de apresentação dos programas de apoio à criação de projetos inovadores, dirigidos a alunos e investigadores, bem como a qualquer pessoa que queira concretizar uma ideia empreendedora.

Esta iniciativa contou com duas sessões realizadas na sala 131 do Colégio do Espírito Santo (CES) da Universidade de Évora (UÉ), desenvolvidas no contexto do EIT Health, uma organização europeia financiada no âmbito do Horizonte 2020 para dinamização do ecossistema empresarial na área da saúde, da qual a UÉ é parceira. Esta organização financia programas de investigação aplicada, apoio a start-ups, formação, e apoio a atividades de inovação.

A sessão das 11h foi dirigida especialmente aos alunos, com o objetivo de os incentivar a transformar uma ideia num produto final. Nesta primeira exposição foram apresentados programas de apoio à inovação e à solidificação de uma ideia empreendedora, com o intuito de motivar alunos da UÉ a participarem em iniciativas como o Innovation Days, na qual alunos de vários cursos têm a oportunidade de trabalhar em equipas multidisciplinares e procurar soluções inovadoras para problemas concretos na área da saúde digital. 

A sessão realizada durante a tarde foi direcionada a investigadores, start-ups e empreendedores com ideias de negócio, na qual se discutiram os programas de “aceleração” do processo de criação de um modelo de negócio que o EIT tem à disposição do público.

Inês Matias, business creation project manager do EIT, deu a conhecer as oportunidades que o EIT oferece para 2020, dividas em três fases predominantes: Incubação, Validação e Crescimento.

Na fase de incubação, inserem-se os casos em que só existe uma ideia ou que até já contam com um protótipo, mas que ainda não foi desenvolvido um modelo de negócio. Procura-se aqui contrastar a ideia com outras já existentes no mercado e encontrar soluções para os possíveis problemas. Nesta fase encontram-se à disposição programas como o Innostars Awards, adequado para micro e pequenas empresas, spin-offs e start-ups que já possuam um protótipo e que precisem de apoio na realização dos próximos passos, visando reduzir o tempo de incorporação no mercado de produtos e de serviços inovadores.

Na etapa de validação, encaixam-se projetos já desenvolvidos, contudo, ainda sem estarem validados no mercado. O programa Living Labs and Test Beds, por exemplo, está aberto a qualquer empresa europeia iniciante, PME, empresário ou projeto de inovação que procure melhorar os seus produtos, validá-los e ainda criar e co-criar ideias com o usuário final. Na etapa de validação, também há programas de acesso a uma plataforma de ampla gama de especialistas, parceiros e instituições de toda a Europa que facultam um serviço de mentores, como é o caso do Mentoring and Coaching Network. Nesta fase também se pode dar início ao processo de patenteamento.

No ponto de crescimento, o produto já é levado a experimentar outros mercados e pode candidatar-se a um investimento financeiro.  Através do programa Investor Network, o produto é apresentado a um conjunto de investidores que o avaliam ao mesmo tempo, acelerando assim o seu possível financiamento. Por outro lado, o Bridgehead Programme, que funciona tanto a nível europeu como global, permite que os projetos sejam experimentados num mercado concreto, avaliando assim se o produto resultaria nesse país.  

O EIT existe desde 2016 e conta com o apoio da Comissão Europeia, assentando a sua missão em três pilares principais: a Educação, o Accelerator e os Projetos de inovação. Aqui encontram-se à disposição inúmeros programas que visam facultar apoio através do acesso ao conhecimento, a stakeholders, ao mercado e a financiamento.

Publicado em 11.02.2020
Fonte: GabCom | UÉ