Um Tapete Muito Difícil foi o desabafo da bordadeira Deolinda Carmo, ao terminar a execução de um dos desenhos de Filipe Rocha da Silva num tapete de Arraiolos de razoável dimensão.
O título, escolhido pela curadora da exposição Antonia Gaeta, ilustra grandes temas que a percorrem: as fronteiras entre pintura e tapeçaria, a ambiguidade entre o que se considera artesanato e arte contemporânea, decoração e inovação.
Filipe Rocha da Silva realizou desde o início dos anos 80 pinturas que frequentemente representam uma adição visual de pequeníssimas figuras humanóides, formando diferentes padrões e ritmos temáticos e níveis de significação.
O foco na textura levou -o desde 2010 ao uso de materiais têxteis tradicionais.