Um dos aspectos mais fascinantes das regiões polares, além das temperaturas extremamente baixas (até 89 graus negativos), é a luz do sol 24h durante o verão e a noite profunda para a estação invernal. Embora este fenómeno aconteça apenas numa parte relativamente pequena do planeta, tem um forte impacto sobre o ambiente global e a vida humana. Além disso, as regiões polares são as mais influenciadas pelas atividades humanas que ocorrem nas médias e baixas latitudes. A fim de entender e quantificar esse feedback entre os ambientes extremos e as regiões temperadas e equatoriais, é claro que os esforços científicos se deveriam expandir em todas as áreas de investigação; da Glaciologia à Oceanografia; da Geofísica à Biologia; da química às Ciências Atmosféricas. Uma vez que as regiões polares são tão distantes, geralmente os media (televisão, rádio, jornais), com excepção de algumas empresas de comunicação iluminadas, não desseminam de forma ampla os resultados das investigações polares e as consequências dos nossos comportamentos no planeta. Portanto, a participação em reuniões científicas para a disseminação dos conhecimentos adquiridos por investigadores polares que operam no campo, é essencial para uma melhor compreensão do ambiente. Neste quadro, gostaríamos de vos convidar para se juntarem ao 7º Encontro Português de Ciências Polares, que começará a 28 de outubro com a sexta reunião da APECS (Associação de Jovens Investigadores Polares em Portugal). A 29 de Outubro o programa preliminar prevê a participação dos investigadores portugueses que participaram recentemente na campanha de campo em regiões ártica e antártica, com a apresentação dos últimos resultados obtidos em todos os campos de investigação. Haverá também espaço e tempo para a participação do público, para perguntas e esclarecimentos sobre as actividades apresentadas.