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Trimestral | Nº 01 - 2018
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Lançada Plataforma Portuguesa da Infraestrutura Europeia para as Ciências do Património

Decorreu a 10 de janeiro, no Palácio do D. Manuel, em Évora, o lançamento público da Plataforma Portuguesa da Infraestrutura Europeia para as Ciências do Património, única infraestrutura do Roteiro Nacional de Infraestruturas de Interesse Estratégico (RNIIE) na área da conservação e reabilitação de património cultural.

Numa parceria entre o Laboratório HERCULES da Universidade de Évora, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e o Laboratório José de Figueiredo da Direção Geral do Património Cultural, a E-RIHS.pt integra investigação e desenvolvimento com transferência de tecnologia e está aberta a investigadores, instituições públicas e  empresas. O serviço à comunidade científica pode desenvolver-se através da participação em projetos de mestrado e doutoramento e/ou cedência de meios instrumentais de apoio a projetos de investigação.

Para António Candeias, diretor do Laboratório HERCULES, a E-RIHS é “o grande projeto formal que une os três laboratórios parceiros, capacitando-os para desenvolver qualquer tipo de investigação na área do património”, num espectro muito abrangente, desde “o levantamento arquitetónico num campo arqueológico, a bens patrimoniais, obras de arte, ou monumentos”. São projetos até agora impossíveis de levar a cabo pela sua “complexidade, escala ou dimensão”, o que acarreta “muita responsabilidade” ao laboratório que dirige mas igualmente “muita satisfação”.

De acordo com Ana Costa Freitas, Reitora da UÉ, a criação desta infraestrutura, “onde cultura e ciência se interligam”, representa um “verdadeiro processo de transferência de conhecimento, potenciando o trabalho que se faz nas unidades de investigação envolvidas, e corporizando uma das principais missões das universidades: a transferência de conhecimento e tecnologia”, ideia igualmente defendida por Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “esta plataforma deve ser usada para valorizar o contexto académico do Laboratório HERCULES”, considerado pelo ministro que tutela a ciência uma “referência científica de nível mundial”.
Este acordo é, na opinião de Manuel Heitor, “um exemplo como o setor público pode reunir esforços” estimulando “o conhecimento e novos saberes” e a “criação de emprego qualificado” com capacidade de atrair mais jovens para o ensino e para a formação.

Aproveitando o palco da assinatura do acordo, Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, referiu que está prevista uma intervenção no Palácio de D. Manuel, “para o adaptar às necessidades atuais da cidade”, anunciando, ainda, um investimento de cerca de 15 milhões de euros para a revitalização do Centro Histórico da cidade Évora até 2021, por forma a “garantir que este se mantenha vivo e habitado”; a sua expectativa é que esta plataforma possa contribuir para este objetivo.

Publicado em 10.01.2018
Fonte: GabCom | UÉ