Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian | Investigador Responsável: José Verdasca
O projeto “Comunidades Escolares de Aprendizagem Gulbenkian XXI” tem como referência os termos do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações – Promoção de Mudanças na Aprendizagem – cuja finalidade é a de promover a melhoria das aprendizagens e dos resultados escolares – e consiste em desenhar, implementar, acompanhar e avaliar uma proposta de modelo de educação formal.
É dirigido ao 1.º ciclo e ao 2.º ciclo do ensino básico, concretamente ao 3.º, 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade, e inicia-se com coortes de alunos do 3.º ano de escolaridade. O programa piloto teve início no ano letivo de 2014-2015 e o seu termo está previsto para julho de 2018, envolvendo seis turmas, em três agrupamentos de escolas: o Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor, o Agrupamento de Escolas de Vendas Novas e o Agrupamento de Escolas de Vidigueira.
As “Comunidades Escolares de Aprendizagem Gulbenkian XXI” enquadram-se nas novas gerações de políticas educativas, baseadas em lógicas de ação bottom up , reconhecendo às escolas e às comunidades escolares a capacidade de organização da gramática escolar e de produzir intervenções educativas específicas, temporal e territorialmente diversificadas e contextualizadas, fixando a si mesmas novas prioridades e desafios, mobilizando e envolvendo no processo de aprendizagem novos agentes e parceiros da comunidade. Têm como principal desafio promover mudanças na aprendizagem, através da criação de um conjunto de oportunidades e de ambientes de aprendizagem baseadas em abordagens curriculares abertas, nas suas fontes de currículo, nos seus intervenientes, nos seus contextos, nos seus recursos. As comunidades escolares G21 proporcionam oportunidades e ocorrências educativas que alargam e diversificam os modos como os alunos aprendem pelas múltiplas e diferentes atividades em que os alunos se envolvem.
Trata-se de um processo que requer a capacidade de desenvolver e partilhar tecnologia organizacional e pedagógica e de relançar novas reconfigurações curriculares semiabertas, dinâmicas e flexíveis e cuja base matricial pode ser encontrada nos princípios da ação e em algumas das suas principais linhas inspiradoras para uma abordagem “Aprender para o Bem-Estar” (Kickbusch, 2012). Radica na ideia do desenvolvimento holístico da criança, por contraponto às conceções convencionais e abraça o princípio da “comunidade escolar como um todo”, colocando a criança no centro do processo de aprendizagem e implicando e responsabilizando a comunidade na vida das escolas.