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Trimestral | Nº 01 - 2016
Investigação & Desenvolvimento

Fernanda Olival | Coordenadora do CIDEHUS
O CIDEHUS hoje

O CIDEHUS hoje

O CIDEHUS é um centro de investigação em História, Humanidades e Ciências Sociais.  

O seu projeto estratégico para 2015-2020 tem como fulcro a análise das mudanças societais na longa duração.

O CIDEHUS é hoje um centro de média dimensão a aproximar-se do grande, com larga experiência no estudo do espaço ibérico, das questões do Mediterrâneo, do mundo muçulmano (ver destaque) e do património cultural.

É uma unidade que congrega equipas multidisciplinares. Na estratégia do Centro entende-se a interdisciplinaridade não só como a colaboração entre investigadores de disciplinas diferentes, mas sobretudo como a efetiva incorporação de problemáticas e conceitos de vários campos para gerar novas abordagens, novos produtos epistémicos, novas aplicações.

 Além de muitos historiadores, o CIDEHUS reúne investigadores de Património, Museologia e Turismo, e bem assim demógrafos, arquivistas, bibliotecários, antropólogos, filólogos/linguistas, arquitetos, psicólogos, filósofos, sociólogos e informáticos, empenhados no seu projeto comum. A maioria dos seus membros são portugueses e outros europeus, mas reúne também alguns investigadores do continente americano, da Ásia e de África.

As suas equipas observam e analisam os problemas a partir do Sul – do Sul de Portugal, de Portugal enquanto unidade política da Península Ibérica e do Sul da Europa, com elos históricos no Mediterrâneo e no hemisfério Sul.

Além de uma muito interiorizada tendência para a análise comparada, os seus membros têm uma forte preocupação crítica quanto aos referentes teóricos, sejam eles as polarizações epistemológicas («Norte/Sul», ou «desenvolvido/subdesenvolvido», etc.), ou, ainda, a «connected analysis» ou a história transnacional.

O centro organiza-se em 3 grandes eixos de inquérito:

- Mudanças societais;

- Património e diversidade cultural;

- Literacias e património textual.

Cada um dos dois primeiros eixos corresponde a uma linha. A primeira está organizada em dois grupos (sp e sd). O sp tem um enfoque na História social e política, ao passo que o sd trata das questões demográficas. A segunda linha distribui-se pelos 2 grupos, pm e pi, dedicados respetivamente ao «Património Material» e ao «Património Imaterial». O terceiro eixo - «Literacias e património textual» - constitui o 5º grupo e abarca os problemas da informação, esteja ela consignada aos arquivos e bibliotecas ou a outras organizações. Este grupo estabelece uma ponte entre as duas primeiras linhas.

No modelo organizativo deste centro a linha é a instância fundamental para assegurar convergências nos objetivos comuns, definir estratégias de investigação e garantir a execução de projetos interdisciplinares.

Tendo o seu núcleo duro em História e em património, para 2015-2020, este Centro aposta ainda em consolidar no seu interior um conjunto de campos de trabalho, como é o caso da Demografia, da Museologia, do Turismo e das Humanidades Digitais.

O valor acrescentado que esta unidade produz é, pois, por um lado, conhecimento complexo e de natureza interdisciplinar sobre as dinâmicas do Sul; por outro, tenta gerar processos de transferência, quer para a economia criativa, quer para o domínio da arbitragem de políticas ou da formação dos públicos, em sentido amplo. O CIDEHUS tem larga experiência no domínio da formação avançada, de recorte interuniversitário nacional e internacional.

Até hoje o centro tem revelado boa capacidade para disputar financiamento competitivo.

Todas as semanas o CIDEHUS publica uma Newsletter  informativa. Esta unidade também está diretamente associada a quatro publicações periódicas especializadas e com arbitragem por pares, 3 das quais em língua inglesa. Além disso, publica 2 coleções de livros e em breve terá uma coleção de e-working papers .

Outro dos seus grandes trunfos é a Cátedra UNESCO, Intangible Heritage and Traditional Know-how: linking Heritage , obtida em 2013. Com ela o CIDEHUS tem estabelecido uma ponte para Cabo Verde, o Norte de África e a Ásia, a par do seu envolvimento com o Alentejo.

No seu conjunto, este centro diferencia-se por procurar articular conhecimento fundamental e aplicado, na área de Humanidades em torno de problemas de alcance geral. Pauta-se por padrões de alta qualidade, na busca permanente da inovação, tendo em vista produzir saber(es) com impacto. Assim, a par da sua constante aposta na internacionalização, não enjeita um trabalho de compromisso com os problemas da especialização inteligente do país e da região sul.

Criatividade, excelência e impactos constituem o seu lema.

Encaramos o futuro com otimismo, mas simultaneamente com alguma apreensão. Otimismo, em relação ao nosso empenhamento constante em colocar problemas, resolvê-los e inovar; apreensão, quanto à instabilidade das políticas do país sobre a Ciência e às ideias preconcebidas sobre as Humanidades no espaço académico e fora dele.

Fernanda Olival (Coordenadora do CIDEHUS)