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Trimestral | Nº 01 - 2016
Formação Avançada

Doutoramento em Ciências Agrárias
Construção de um modelo de interacção atmosfera/fogo aplicado à gestão florestal e avaliação de risco de fogos florestais no Alentejo
Isilda Menezes

Construção de um modelo de interacção atmosfera/fogo aplicado à gestão florestal e avaliação de risco de fogos florestais no Alentejo

Orientação:  Saulo Freitas, Nuno Almeida Ribeiro, João Corte-Real e Peter Surovỳ

Os modelos de combustível com a identificação de padrões de vegetação do ecossistema Montado em Portugal, foram incorporados no modelo de mesoescala Brazilian Atmospheric Modeling System (BRAMS) acoplado com o modelo de propagação de incêndio florestal, Spread Fire (SFIRE). O BRAMS-FIRE é um novo sistema que foi desenvolvido nesta investigação com a colaboração do Grupo de Modelagem da Atmosfera e Interfaces (GMAI) do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC / INPE, Brasil). O modelo de fogo usado nesta pesquisa foi originalmente desenvolvido por Mandel et al (2011) e posteriormente  incorporado  no modelo  Weather  Research  and  Forecast  (WRF).  Três redes de alta resolução espacial foram configuradas com dados de entrada de superfície e modelos de combustível integrado para simulações usando ambos os modelos BRAMS-SFIRE e WRF-SFIRE. Uma grade foi colocada na terra plana e as outras nas colinas para avaliar diferentes tipos de propagação do fogo e calibrar o BRAMS-SFIRE. O objectivo é simular os efeitos na circulação atmosférica à escala local, designadamente, os movimentos da frente calor e a energia libertada a ela associada, obtida por estes dois modelos num episódio de fogo florestal que teve lugar na área Alentejo, na última década, para aplicação para o planeamento e avaliação de riscos de incêndio agroflorestal. O objectivo é modelar o comportamento de incêndios florestais através de um conjunto de equações cujas soluções fornecem valores quantitativos de uma ou mais variáveis relacionadas com a propagação do fogo, descrito por expressões semi-empíricas que são complementadas por dados experimentais que permitem obter as principais variáveis relacionadas com o avanço do perímetro do fogo, como, por exemplo, fluxos de calor na frente de fogo e a sua interacção com o sistema dinâmico atmosférico.