Desafios para a investigação no Mediterrâneo apresentados na UÉ

O Seminário “Desafios para a investigação no Mediterrâneo: Alimentação, recursos e territórios”, decorreu dia 28 de abril no Pólo da Mitra da Universidade de Évora (UÉ) com a presença de Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Carlos Moedas, Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação.

Foi apresentado pela Comissária Europeia Agnieszka Romanowicz, o projeto PRIMA, um programa com o objetivo de reforçar a cooperação em matéria de investigação e inovação nos países mediterrânicos, a fim de contribuir para os desafios da produção alimentar sustentável e do abastecimento de água na região mediterrânica. Esta iniciativa junta atualmente 19 países (Portugal incluído) com o Mediterrâneo.

Durante a parte da manhã, houve ainda oportunidade de dar a conhecer diversos projetos desenvolvidos na UÉ, nomeadamente no que respeita a sistemas de produção e solo, a água e as alterações climáticas, os ecossistemas e conservação, a dieta mediterrânica e seus benefícios, ou ainda como a economia pode ser uma ferramenta para um desenvolvimento inclusivo, a uma plateia de especialistas provenientes de Portugal, Espanha, Itália e de Marrocos.

A Plataforma de Ensaios de Coletores Solares e a Évora Molten Salt Platform e a Évora Molten Salt Platform, instalada no Pólo da Mitra da UÉ, foram um dos vários pontos visitados pelo comissário europeu Carlos Moedas, que durante dois dias promoveu no Alentejo um "Roteiro da Ciência". Este último projeto, financiado pelo Governo Alemão e pela UÉ, utiliza uma tecnologia que, através da recolha de energia solar, vai fundir sais que por sua vez vão levar à criação de vapor de água para produzir energia, com a vantagem do seu armazenamento.

Foi ainda assinado um protocolo para a criação de uma cátedra dedicada à área do aeroespacial, por Ana Costa Freitas, Reitora da UÉ, Paulo Ferrão, Presidente da FCT e José Rui Felizardo, Presidente do CEiiA, com o objetivo central de desencadear a investigação e o desenvolvimento de materiais, de sistemas inovadores para a indústria aeronáutica, para a robotização e automação, bem como os aspetos da certificação de processos e integração de sistemas.

A encerrar a sessão, Carlos Moedas, sublinhou o fato da Universidade ser a responsável por 14 dos 29 projetos do Alentejo no âmbito do programa europeu Horizonte 2020, de investigação e inovação.

Publicado em 04.05.2017
Fonte: GabCom | UÉ