Orientação : Aurora da Conceição Parreira Carapinha & Jorge Alberto Santos Croce Rivera & António Martinho Baptista
Uma intervenção artificial na paisagem como a imersão de uma extensa área por uma albufeira, além de implicar a alteração do uso de um recurso, pode afetar dramaticamente esse lugar, ocultando um legado humano, paisagístico e patrimonial, toda-via determinante para a compreensão da sua construção histórica. A investigação que desenvolvemos pretende conceber estratégias que tornem visível a arte rupestre do vale do Tejo imersa pela edificação da barragem do Fratel em 1974 e consequente enchimento da sua albufeira, estas estratégias inserem-se num âmbito de intervenção mais extenso, no qual as gravuras passam a fazer parte de um modo coeso com a paisagem atual criando novas formas de utilização e oportunidades de desenvolvimento regional. É neste contexto que encontramos a possibilidade de validar um modelo teórico de investigação em projeto através de uma proposta concreta de intervenção, proposta que possibilitará além da experimentação de desenho, corrigir estratégias metodológicas e aperfeiçoar progressivamente o modelo teórico.
Palavras-chave: Arquitetura, Paisagem, Arqueologia, Arte Rupestre, Médio Tejo