Orientação: Maria de Fátima Nunes
Em 1929, após diversas tentativas goradas na I República, é criada a Junta de Educação Nacional, pela qual se procura europeizar a ciência e pedagogia em Portugal, não esquecendo a renovação económica. Influenciada por instituições congéneres internacionais, com destaque para a Junta para Ampliación de Estudios e Investigaciones Científicas e os Fonds National de la Recherche Scientifique, esta instituição estatal aplica um conjunto articulado de práticas – atribuição de bolsas de estudo no estrangeiro e no país, financiamento de centros de estudo e de publicações científicas, e organização de serviços de expansão cultural e intercâmbio intelectual – visando a convergência científica com a Europa. Apesar das resistências corporativas, nomeadamente da Universidade, da actividade da Junta de Educação Nacional resulta um suporte institucional à comunidade académica nos inícios da ditadura, facilitando-lhe a actualização científica, a integração nas redes internacionais de comunicação em ciência e a internacionalização do conhecimento produzido.
PALAVRAS-CHAVE: Junta de Educação Nacional; Estado Novo; Práticas científicas; Redes científicas; Internacionalização da ciência; Junta para Ampliación de Estudios.