O encontro contou com a participação de cinquenta e dois investigadores das equipas do projeto da Universidade de Évora, FCSH-NOVA, ICS-ULisboa, ISCTE-IUL, Max Plank Institute, Universidad de Cantabria, Universidad de Santiago de Compostela, Pontificia Universidad Católica de Chile, Universidade de Cabo Verde e Universidad Nacional de La Plata. Ao longo dos dois dias de simpósio, os investigadores debateram o estado da arte, definições conceptuais e apresentaram estudos de caso sobre as diferentes formas de resistência no Império Ibérico.

O programa do simpósio desdobrou-se em cinco mesas redondas: Enquadramentos teóricos e historiográficos da resistência; Categorias sociais sob escrutínio; Revoltas e resistências em espaço público; Resistência cultural, resistência quotidiana e formas menos visíveis de resistência; e Resistência através da participação política. As discussões e a troca de pontos de vista foram animadas e contribuíram significativamente para aumentar a articulação com a agenda geral do projeto. 

O RESISTANCE é coordenado por Mafalda Soares da Cunha (CIDEHUS-UÉVORA) e financiado pela Comissão Europeia ao abrigo do programa RISE/Horizonte2020 (contrato 778076). O projeto tem como objetivo estudar os processos de resistência das categorias sociais desfavorecidas, discriminadas e segregadas nos impérios ibéricos, entre 1500 e 1850. Para tal, estuda fenómenos de resistência ativa e passiva numa perspetiva comparativa entre diferentes cronologias e espaços europeus, americanos, asiáticos e africanos, com destaque para o estudo da morfologia e da gramática da resistência, assim como a análise dos seus impactos na transformação societal.

O RESISTANCE visa ainda a transferência de conhecimento para a sociedade, a fim de melhor compreender e enfrentar os desafios políticos, sociais, culturais e económicos das atuais sociedades ibéricas e dos seus antigos territórios ultramarinos.
Este simpósio assinalou o início do projeto que se prolongará até Maio de 2022, sob a liderança do CIDEHUS-UÉvora.

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